segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Querer

Mas nenhum sentido há para assim querer estar
Antes o conforto do não-pertencer e sem dor continuar
Antes a morbidez do contínuo inexpressivo
E do descolor sem as borboletas indesejadas

Mas o sentido não é o que se precisa para querer estar
Nem o conforto do não-pertencer ou sem a dor continuar
Muito menos mórbido permanecer num inexpressivo contínuo
de descolor sem borboletas.


O que se quer é a loucura do surto experenciar.
Do remédio para a saudade todo dia procurar.
Da alegria do contato sempre desejar.
E no fim de tudo no contato se deleitar.

Querer você aqui é o que se sabe querer.
O balbucio de palavras queridas só pra agradá-lo.
Só para me satisfazer.
Querer no momento é o único que se sabe fazer.

4 comentários:

João Paulo Tinoco disse...

Hmmm

Priscila disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Priscila disse...

Poema perfeito!Realmente não há explicação no querer...

Mariana Bênia disse...

é sempre assim.... um eterno querer...