"O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente."
segunda-feira, 28 de março de 2011
quinta-feira, 24 de março de 2011
Quero Dizer
Antes não existia.
Na verdade,
Nada existia antes.
Só você.
Aliás, existia sim!
Carinho,
Alegria e
Conforto.
Mas existia também a
Falta.
E a sede.
E a ânsia, que criava
Inquietude.
Silenciava esta com aqueloutras.
Enfim, um dia gritaram.
Me vi incapaz de continuar calando-as,
Então silenciei-me eu.
Hoje, devo dizer, estão calmas mais uma vez.
Gritam outras vozes.
E deixo-as falarem aqui.
Na verdade,
Nada existia antes.
Só você.
Aliás, existia sim!
Carinho,
Alegria e
Conforto.
Mas existia também a
Falta.
E a sede.
E a ânsia, que criava
Inquietude.
Silenciava esta com aqueloutras.
Enfim, um dia gritaram.
Me vi incapaz de continuar calando-as,
Então silenciei-me eu.
Hoje, devo dizer, estão calmas mais uma vez.
Gritam outras vozes.
E deixo-as falarem aqui.
domingo, 20 de março de 2011
terça-feira, 8 de março de 2011
quarta-feira, 2 de março de 2011
Fernando - Motto
Autopsicografia
O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração
O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração
(Presença, n.36, Novembro de 1932)
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