segunda-feira, 16 de maio de 2011

Desdiálogo

O tempo não deu.
Foi mesquinho
E escondeu
O que tão procurado foi
Por este que
Pela primeira vez
O coração entregou.

O diálogo sempre foi problemático
Códigos diferentes resultaram
Desentendimentos fatigantes,
Assassinos.

Matam-se sempre que falam
O que ambos desejaram,
Impedidos porém por uma
Persistente diacronia.

Mas o que poderiam fazer?
Andam sempre à mercê dos passos próprios.
Sem guias ou cartilhas para ensinar
O soletrar de vocábulo
Tão mal explicado
Tão desejado
Tão platonizado
Tão enganado
Tão desconhecido


Aprendem às penas do aprender.

7 comentários:

José Abrão disse...

PORRA, RIGS!
PARE DE FALAR POR MIM NOS SEUS TEXTOS!
ASSIM NÃO DÁ!
hehehe

Anônimo disse...

O tempo não deu, hoje cedo, nem para um abraço, mas vim cá, meu amigo, deixá-lo pra você. []

Incerteza Casual disse...

Aprende as penas do aprender é forte né?!

Lucas Rigonato disse...

essa correria louca antes das 8 da manhã né Tom?

grande abraço idem!

Adriano disse...

parabéns!! excede expectativas!! um dos melhores que já lí...

Lucas Rigonato disse...

Apresente-se, Adriano.

Anônimo disse...

Lindo poema! Adorei! E é bem assim mesmo... Rafael.