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terça-feira, 28 de junho de 2011

Negócio

Então é isso,
O negócio é perceber
Que no final de tudo,
É só eu
e você.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Analfabeto

Não sei escrever, e isso me mata.
Tira minha voz.

Falo às letras
E elas não respondem.

Sou mudo, inexistente.
Quero ter a voz, e quero. Só.

Não sei viver, nem andar.
Sou analfabeto e deficiente.

Sou assim, necessitado.
Perdido. Inacabado.


Ainda não acabado.

Desses.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Nomes

Funesta, força seu caminho pr'esse lado.
Num pulsar exibicionista da pompa
Do existir 'não-violento'.

Sempre silenciosa aparentando
A perfeição/dependência da convivência.
Condena seus hospedeiros à subvida.

É Atroz, Bárbara, Cruel,
Desumana, Seva e Sádica.

É Assassina, Homicida, Matadora
e Mãe de Chacina.

É Abominável, Abjeta, Aborrecível,
Baixa, Desprezível, Execrável,
Ignóbil e Ruim.

No fim o é, como sempre, Saudade.


quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Toast

A toast to hard choices!
To the ones people have done
Not bothering to care
Whether they might hurt you or not,
What goes on in the inner being.

A toast to family homicide!
The one they put you through
By showing how much love
They do not hold for you
Even if you carry the same blood.

A toast to hipocrasy!
The mean yet somehow exquisite art
Of portraying the vivid image of a
Perfection that has never existed.
What is more, that will never be seen.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Corja

Por belos rostos aliam-se à perfeita reputação.
Jamais voz alguma poderia trazer à tona a ré, mentira.
O verdadeiro, por sua vez, é escondido, anulado, preso.
E alguns corações doem às escuras
Enquanto sorrisos são oferecidos por barganhas.

Por inocente, nenhum passará.
Claro, paga haverá do que foi dito,
Mais do não dito, cumplicidade.

Pergunta-se, seriam porventura nomeados corja?
Este, com certeza, seus nomes terá.
Aos muitos julgamentos, Outro ainda acrescentará.
Espera em silêncio.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Chuvosa

Mórbida noite frutífera em seu sono ausente. 
Acabam todos os doentes à luz anseiar teu rosto.
Imponente in-hesitante ao revelar sonhos não desejados.
Trabalho incansável à morte sempre a espreitar.
Solidão mentirosa na insistência de permanecer ligado.
Paira movimento desobedecendo à lei estabelecida.
Cativa corações por não-lugar sempre estarem.
Dores gera no nunca ser deixada marcando o lugar original.
Promessa há que no próximo diferente passo encontrar.
Se mais uma, ultrapassada no seu infinito de torpor.
Sabe-lá um dia o encanto findar
e Ela pra um a face revelar.
Decidindo consigo tomar
ao seu reino de dor
eternidade
e calor.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Incapaz

Já não se sabe mais onde está a raiz da dor. O que causa esse desespero, esse monstro que a qualquer momento sai, grita, sangra. Não há controle nem reconhecimento. É terreno novo, inexperiência, insegurança. Os gemidos já fazem parte do dia-a-dia. E o clamor sincero dos amigos não mais parece ter força. A capacidade de despertar e perceber que tudo foi somente um sonho ruim parece não existir. A escuridão e o cinza são a realidade.

Não queria que assim fosse, que se fosse. Nesse maldito momento em que se encontra o amor, o aconchego, a segurança, a cumplicidade, a risada gostosa, o carinho, as refeições, as lembranças de um tempo tão curto, a certeza da significância, a dor por ter sido tão pouco. Não há certeza de que seja somente esse momento de vulnerabilidade. O concreto deste momento é que essa noite assistiu as lágrimas e ouviu os urros. Meus.

Desespero, pois o melhor atributo parece ter se perdido. A elegância da arte profissional em que tão bem se saía nao mais lhe pertence. Um poeta? A dor confundiu-se, difundiu-se. A linha entreo poeta e o outro tornou-se impossível determinar. Há que desistir de si.

domingo, 13 de setembro de 2009

Supervalor

Um milhão de eus no suspiro da criação.
O movimento firme na direção oposta ao desejo.
O doce sem a alegria das mãos juntas.
Todos os olhos fixos neste.

A inexperiência é confundida com mentira.
O supervalor é acusado, reprimido.
Somente que passos trôpegos do incauto
Surpreendem o tido cauteloso.

Sim, desejava-se somente que fosse passado.
Que o sentimento pudesse ser somente sombra.
Uma boa lembrança que contribui para o tesouro.

Anseia-se o novo dia.
A nova criação, o novo começo.
O novo coração.

domingo, 9 de agosto de 2009

Preterido

Não, não é sua vez de provar do sentimento de ser tudo.
Seu coração encontra agora a sombra do que um dia verá.
O frio em face.

E sua mistura de dores, alegrias, ansieades, mentiras, fingimento, sorrisos e canções confronta-se com aquilo que pra viver nasceu.
Sua dor é somente espelho dos que à sua frente já estiveram.

Todos são sabedores das razões que cria. Claro, culpa sua não é, são apenas escolhas,
e desta vez você o compasso não o alcançou.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Calada

a noite escura, calada, fria, mas não vazia.
nela o sentimento de isolamento, sozinha, inútil.
Por que está lá? tão forte e intocável, mas dolorida.


o coração precisado, desejoso, sozinho.