silêncios que cortam,
e guardam.
o nosso é dos dois.
não como um adeus repentino,
tampouco falta de despedida.
um fio se soltando devagar,
até só restar esse espaço.
nesse espaço selamos um pacto.
não de palavras, mas de respeito.
não de promessas, mas de memória.
carregamos
a lembrança do que fomos:
frágil, intacta, viva.
não é ausência.
não é esquecimento.
é amor que decidiu calar.
e, se um dia seus pensamentos cruzarem os meus,
mesmo que só por um instante,
saiba que
estou aqui,
no silêncio que nos liga.
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