domingo, 30 de agosto de 2009

Lembra?

Cantarolando músicas que não conhece recebe advertência da dor ao seu lado.
Desculpa-se por se sentir tão bem. Talvez culpa-se por estar tão feliz.
Alegre, projeta os próximos meses e anos. Novo céu, novo teto, nova cor.
A dança salta de seus olhos. O brilho é desejado. A resposta invejada.

O coração de cá descansa. Encontra a paz que tanto te desejou nesse tempo.
Encontrou.

Os demônios estão presos em outro reino. A podridão faz parte do seu passado. É você, te faz forte.
Sabe quem é e onde vai. Critica. Acusa. Aponta. Ajuda. Amolece.

Condições

Sem culpa por acreditar que a verdade imanente é melhor que a mentira ancorada.
Feliz por sentir o tido roto provar seu valor.
Acometido pela dor da insegurança e inexperiência.
Orgulhoso pela sobrevivência.
Confortável com a condição humana.
Grato pelas presenças necessárias.
Feliz por estar aqui.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Delito

E a criança sozinha chora feliz pelo doce que lhe foi tirado após dado.
A dor, essa mentirosa, insiste em se esconder. O coração, com boas intenções, procura enganar e dizer que está tudo bem.
Entenda, as intenções são as melhores.

E apesar de lhe terem dito que era amargo fica o desejo por outro.
Mas chora, criança, chore sua dor feliz.

domingo, 23 de agosto de 2009

Borrowed


A Alma

Nada pode mudar o que se passou, aquilo que foi sofrido e que se anotou.
Nada pode anular as coisas feitas e que se consumaram.
Nada pode retardar ou impedir as consequências de se tornarem presente amargo ou vinho doce.

Nada pode abreviar o mísero segundo daquilo que se deseja muito.
Nada pode adiantar os dias que ainda não chegaram, mesmo sendo perfeitos.

Nada tão implacável como o tempo.
Nada tão avassalador quanto um coração em ruínas com o amor.

Nada mais renovador que uma noite bem dormida.
Nada tão seguro quanto um abraço escolhido.
Tudo tão deslumbrante quanto o beijo do amor.

Tudo que podemos é ter fé e acreditar no dia bom depois de uma noite toda ruim.

Vinicius Presa

sábado, 22 de agosto de 2009

Thunderstorm

And there's still the thought that it is all stupidity and nonsenseness.
What is the point in being so pessimistic and insecure?
Things'd be a lot easier if they were to be left aside.
Care is desired. Careless feared.

Da Vez

E esse louco coração prova que menino é, apesar da língua divergente.
O desejo destrói a imagem bem pretendida e melhor recebida.
O toque parece nunca antes provado.
O coração, nunca habitado.
O corpo, nunca tocado.

E sente-se o que já ouvido, criticado e temido.
Agora é o da vez.

Desejos

Que o dia feliz permaneça perto do longe que desejei.
Que o calor do amor seja mais que a lembrança do que não vivi.
Que meus poemas sejam coloridos e felizes.
Que meu pulsar seja bonito e vivo.
Que meu coração seja cheio.
Que meu peito seja leve.
Que a dor seja teoria.
Que o sorriso seja fácil.
Que o beijo seja sincero.
Que a loucura seja gostosa.
Que os sonhos sejam risonhos.
Que esteja aqui.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Rimas

E você que vem de não-sei-onde
Faz todo esse rebuliço sem pedir permissão?
Entrou e trouxe consigo
O bem não-querido, o desejo da permissão.
Agora habita o sonho vivido,
Antes perdido, agora sua imensidão.
Não mais escuto o juízo,
Perdi o equilíbrio, e é só paixão.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Dessilêncio

A Procura por um novo resulta agora no desejo que não some.
E a lucidez parece roubada, perdida, enterrada.
O silencio familiar dos dias comuns, perde morada.
O mais louco dos sentimentos, pede a sua.

E o medo, senta feliz em seu trono de glória. Tem seu espaço livre de desapropriações.

Diário

Minha fina habilidade de te dizer como fui sincero é imensuravelmente insuficiente de amenizar hoje a dor que sinto por tê-lo feito sentir. Meu coração prova, à duras custas, o sabor de vê-lo assim, a morrer. E tenha certeza, esse coração não aprova o que provado foi por você.

Só a vontade de tê-lo perto, quem sabe no colo. Tirar com mãos de cirurgião o câncer que se instalou no seu organismo. Te devolver sua vida e desejar que você nunca tivesse me conhecido. Talvez assim tudo fosse melhor. Talvez voltar no tempo e não cantarolar a música que não se calava no seu coração.

Hoje não preciso me retirar, pois você o fez. Sinto. Muito. Saudade.

domingo, 16 de agosto de 2009

Shh

Sim, loucamente lúcido no seu silêncio doentio.
E o sonho de que a um faria bem, morre.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Invasão

Sua inesperada aparição evidencia o que se viverá.
Cada dia a pensar que diferente poderia ser.
Que quis o que é e não o que poderia ter.
Juntos nos tivemos muito longe.
Longe, tenho você bem perto, dentro do meu passado.

Reverencio o que por mim foi feito.
Admiro a coragem única que hoje recebe críticas.
Que amanhã será louvada.
Fica o amor, a gratidão e a espera.
A loucura dos jovens anos roubaram a solidez dos velhos.

O olhar baixo e os cabelos ao vento, a última imagem.

domingo, 9 de agosto de 2009

Preterido

Não, não é sua vez de provar do sentimento de ser tudo.
Seu coração encontra agora a sombra do que um dia verá.
O frio em face.

E sua mistura de dores, alegrias, ansieades, mentiras, fingimento, sorrisos e canções confronta-se com aquilo que pra viver nasceu.
Sua dor é somente espelho dos que à sua frente já estiveram.

Todos são sabedores das razões que cria. Claro, culpa sua não é, são apenas escolhas,
e desta vez você o compasso não o alcançou.

sábado, 8 de agosto de 2009

Egoísta

Sim, infanto que sou.
Quero tudo agora e nunca longe.
Por isso dói. Tanto dói.

Sim, urgente que sou.
Quero tudo pronto e nunca desfeito.
Por isso dói. Tanto dói.

Sim, duro que sou.
Quero tudo feito e nunca maleável.
Por isso dói. Tanto dói.

Te quero tudo e nunca longe.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Alheio

Infeliz o louco que se vê pelo olho alien.
Esculpe-se à mercê do maldito coração.
Dana-se todos os dias por não se encaixar.
Sente a dor do marginal que centralizar-se procura.

Melhor seria que acordasse.
E ao ver-se, se assumir e encontrar.
Felicitar-se por ser, existir e respirar.

Coração doído não encontra felicidade.
Mata-se constantemente e quer que os outros participem.
Mentira. Há que acordar e ver que o belo ali existe.

Seja bem-vindo, esta é sua vida.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Reino

No reino do inconsciente você impera soberana. Insiste em permanecer parte deste ser. Esquece-se que o universo segue, que à vida é necessária a adaptação e o abandono.
Por que não praticar o desapego, a indiferença, a mornidão?

O desejo infame não mais pode reinar neste corpo. O sentimento não mais deve ter espaço.
Tudo se adequa. Para tanto lança-se mão da vontade, do sofrimento impungido. Esta é a ignição.

O sonho permanece em algum lugar deste reino.

domingo, 2 de agosto de 2009

Pra você

Não vê que vive-se o único? Se forçado perde o sabor, a cor, a dor, o ardor. Juntos, vivemos o momento e o amor. A saudade, a vontade de um 'denovo' é o que fica. Não há que se enganar em desmerecer o que se teve. A perfeição, sentimento idealizado, encontrou vista por algumas vezes.

sábado, 1 de agosto de 2009

Amigo

Sem reatar ou separar, mas viver o que se traz ao coração.
Sem ter medo de fazer o que se quis, o que se viveu.
Esquece a ameaça, a mentira, a loucura,
o que se viveu é o que adiante virá.


Na mente o doce que amarga o olho alheio,
O desejo do esquecimento, a vontade do novo.
Na boca o lábio cheio de sons, cheio de ações,
de esperancas e de desejos.

Esse somos eu e você.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Worthless

Incrível o desejo louco de que todos estivessem perto, bem próximo, juntos, possuídos. Que se fosse dono, que tudo ao alcance dos olhos estivesse ao das mãos.

O coração, pobre, enganado e enganoso, perdeu o rumo e senso do norte. O Norte? Desconstruído. Claro, foi uma busca, um desejo. Necessita-se aprender a descansar, a viver em paz com o conflito, o duvidoso, o incerto.

A busca não acabou, embora muito tenha sido encontrado. A Paz é um estado, aprende-se, é uma decisão.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Diálogo

Você sabe, não há respostas prontas. Não sabemos o que nos aguarda, o que é o melhor. Procuramos, atiramos, arriscamos, gritamos, vamos até o fim. Vivemos o que hoje é oferecido. Foi assim no início, é assim no presente. Não seria diferente amanhã.

As consequências do ato sentem-se e vivem-se depois. Não há que temer, pois assim não há viver. O medo de errar impede o desfrutar, e o desejo é imenso, intenso. A loucura que hoje impedirá a glória do amanhã é suficiente pro desejo agora.

Quis-se. Muito. Procurou-se. Bastante. Arranja-se o depois amanhã.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Today

Hoje nem mais a beleza dos dias tristes se sustenta.
Foi-se a beleza.
Ficaram os dias tristes.
Ficaram tristes os dias.

A Beleza Nova morre. Não mais existe novidade, interesse, coração, corpo.
Tudo se nubla, e não há maravilha, segurança.
Inseguro.

Os dias azuis, claros, onde estão?

domingo, 26 de julho de 2009

Susto

É o que se instala.

Queria-se que tudo fosse vivido sem limites e postergações. Que o tudo fosse agora, bem perto.

Sonha-se que tudo se torne realidade. Que apareça. Que se mostre. Que chegue. Que encoste, toque e encante. Que seja você.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Calada

a noite escura, calada, fria, mas não vazia.
nela o sentimento de isolamento, sozinha, inútil.
Por que está lá? tão forte e intocável, mas dolorida.


o coração precisado, desejoso, sozinho.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Escoriações

A dor dele que sentiu após a loucura.
E a resposta é NÃO. Não há arrependimento.
Não se viu fazê-lo diferente.
Mantem o passo como o que pra guerra vai.
A morte o aguarda, mas a decisão foi tomada.


Vai louco, pois hoje pedirão a tua alma.

domingo, 5 de julho de 2009

Poem




My Blood And Tears, Are Words And Sentences
by Marc Robinson

My heart bleeds out ink,
Which my hand smears onto paper.
Drip by drip comes
Word by word.
Every poem is trying to heal the wound
That makes my heart bleed.
My tears form as words.
These dry cheeks
Still haven't felt that salty tear drop
And still I can feel that tear build up behind my eyes.
So my hand works extra hard
To try and cover this page,
With words I turn into poems.

My Blood and Tears
Are Words and Sentences
Which I give out to all to share
And to feel that little bit less alone
In this world

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Aquele Rapaz

É o insano que cruzou o limite da loucura que não quis.
Sim, ele evitou que chegasse a tal ponto. Mas a hesitação chamava-se somente medo.
E o medo, como ele sabe, é fácil de vencer. Enfrenta-se!
Agora, a loucura de viver o consome. Todo dia pensa que poderia ser, ou não ser.
Mas ele prossegue, sabia? Continua pensando que num desses momentos o acerto se encontra.
A verdade.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Out there, in the space.

E quem nunca desejou que o azul infinito fosse a cor do céu próprio? Deveria-se perceber que apesar de sempre estar lá, é lindo e maravilhoso.

Quem nunca quis que o cinza sombrio fosse a cor permanente? Deveria-se perceber que apesar de não estar sempre lá traz conforto e mansidão, mesmo que alguns o sintam como melancolia.

Quem nunca viu o que o negro como seguro? Deveria-se perceber que nele nos vemos pequenos, minúsculos. Que nele vemos que muito há lá fora, que não somos tão importantes assim. Definitivamente não sou o centro.

E quem nunca pensou se não houvesse céu? Se não tivessemos limites? Se pudessemos realmente estou em contato com o alter, que houvesse um alter? Que o infinito pudesse, at least once, ser tocado?

domingo, 21 de junho de 2009

Quero a minha!



Ah, a vontade de ter o que todos tem por algo muito ou tão comum. Nada de novo, de magnífico, a não ser em dias de necessdiade. Eu sempre o quero, já o desejei tanto. Pertencer. Estar junto e sentir que junto estão, juntos estamos. É a conhecida história de que quando o temos não o desejamos. Eu não o tenho, quero muito, sempre quis. Mas o poder das decisões é imenso, mesmo que não sejam direcionadas infelizmente
tear people apart, not any people but important ones. Ainda crio o meu, a minha. Daí não somente pertencerei.

Obrigado por ler. =)

sábado, 20 de junho de 2009

Clichê

Como já ouvido, uma mistura de clichês. 
Nada de novo. 
Sentindo-me ridículo diante do magnífico 
que se mostra ao olho alien.

A vontade de ter o que sempre julguei ser próprio, 

sempre quis que o fosse, 
sempre lutei pra o ser. 
A voz alheia que se mostra 
Mais audível, inteligível, excêntrica, interessante.

Belíssimo, sim. 
Ridículo, sim também. 
Triste? Mais ainda. 
Mas a essência permanece, 
do fingidor
um profissional que sou.

Nada de belas faces, 
belos sons, 
boas imagens, 
bons intentos. 
Ruins, ímpios, malignos, 
difíceis, imaturos, corações. 
Mas continuo.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Hoje



E sim, eu sou a mistura, junção e soma de todas as vivências que me foram acometidas durante esses vinte e dois anos de existência.

Tenho saudades de cada espaço. Minha vida aqui, ali, lá longe, perto. Perfeitamente nômade. Sei que por isso sou mais rico, mais vivo, mais vivido, de outra maneira isso parece também me fazer sentir mais pobre, com menos.

O que tenho hoje e o que já tive. Pra onde vai tudo? Onde fica guardado? Só em mim? Muito pouco. O que gostaria realmente é que houvesse um multimídia à minha frente, projetando tudo o que já passou. O discurso, a fala, são insuficientes, ineficientes. Preciso esvaziar, extravasar, passar adiante. Certeza que muitos outros também se alegrariam e sofreriam comigo. Enfim, viveriam.

Por que a necessidade de fingir? De esconder? Sempre tão sincero e autêntico, ao mesmo tempo retraído, escondido. Puxa. Difícil, muito. A liberdade tão almejada em anos anteriores, tão teorizada, buscada, discutida, pregada, anunciada, parece hoje ser nada. Conceitos diferentes, e eu, tão marcado por um específico, hoje sinto saudade daquele. Muita.

Vivendo, certo de que as escolhas ruins como as boas, somam o que serei amanhã. Apesar das dificuldades encontradas, ainda muita vontade e desejo de viver, de escrever, de fazer história. De ser como antes, um History Maker.